sábado, 28 de janeiro de 2017

UMA CONVIVÊNCIA INTRÍNSECA COM A HIPERIDROSE









A hiperidrose para alguns pode ser entendia como uma questão de estética imaginária, pois atingem apenas 2% da população mundial, o que para outros é um início de constrangimentos ininterruptos causados pela sudorese excessiva. Embora, conviver com essa doença não seja uma tarefa fácil, principalmente quando estamos encurralados em situações desesperadoras em que necessite do contato físico. 

Desde a minha infância era perceptível que algo estava anormal com relação a minha transpiração, visto que suava as axilas, mãos e pés em grande intensidade. Em decorrência disso, me recordo de alguns indícios que começaram a me afligir desde cedo, na escola, por exemplo, sentia dificuldade na escrita, pois acabava borrando e rasgando as páginas dos cadernos, evitava as dinâmicas em grupos, peças teatrais, danças, trabalhos escolares dentro e fora do âmbito escolar, o que estava gerando em mim uma falta de atenção e desinteresse pelo estudo. Tanto que, o mesmo problema enfrentei quando fazia a faculdade. Além disso, relembro que enquanto ia à igreja aconchegava-se nas intermediações finais da mesma para não ter muito contado com as pessoas, principalmente quando era na hora do Pai- Nosso momento em que os fiéis dão as mãos para rezar juntos. Nesse instante eu ia ao banheiro e assim que voltava já tinha passado essa hora. (Risos). 
  

                                             


Todavia, era inconveniente e desconfortável, manusear celulares, computadores, usar camisas claras, chinelos, se comunicar com os amigos e familiares, criar novas amizades, iniciar um namoro, participar de ambientes sociais e passar uma boa imagem no trabalho. De maneira que, evitava todos os tipos de situações e ambientes que necessitasse do cumprimento, da troca afetiva e relevância com as pessoas. Entretanto, não era do meu desejo, pelo contrário, adoro realizar tudo isso.  






                                                  
         Portanto, em decorrência do desconforto provocado pelo suor em excesso, por não transmitir as pessoas minha verdadeira personalidade, não ser extrovertido, comunicativo, não dar a elas à atenção necessária que elas deveriam ter e não obter um feedback significante, ser rotulado de pessoa tímida, não ter uma vida totalmente ativa,  criou-se em mim uma barreira psicológica, gerando uma baixa- estima, isolamento, agitação, mau humor e ansiedade. Bem como, uma sensação de tempo perdido, de que estava sem se desenvolver, enferrujado no tempo a ano luz da minha geração e preocupado com meu futuro, além de culpa, descontentamento e impossibilidade de mudança. Ai começava os questionamentos. Será que vai haver tempo para reviver uma vida com boa ventura? Até quando vou perder coisas produtivas por questão da hiperidrose? Por conseguinte, depois de ter utilizado desodorantes e pomadas específicas para o problema, optei em realizar a minha cirurgia e obter uma melhor qualidade de vida.


enfermeiro
Enfermeira

Meu pai



Não é de Sangue, mas já chamo de Tia Rita que eu amo! 

pai, mãe, tia Rita e Magno.

Minha mãe 

Amigos que dividiram o quarto comigo.

Discontraíndo com a enfermeira kkkk






Sobre o Autor

Thiago Vieira Ramos

Autor & Editor

Estudante, editor do blog Thiago Vieira.

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